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sexta-feira, 24 de junho de 2011

O poder de uma mulher

Era uma vez uma linda moça que perguntou a um lindo rapaz:
- Você quer casar comigo?
Ele respondeu:
- NÃO!
E a moça viveu feliz para sempre, foi viajar, fez compras, conheceu muitos outros rapazes, visitou muitos lugares, foi morar na praia, comprou outro carro, mobiliou sua casa, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe faltava nada, bebia cerveja com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela. O rapaz ficou barrigudo, careca, o pinto caiu, a bunda murchou, ficou sozinho e pobre, pois não se constrói nada sem uma MULHER.
Luis Fernando Veríssimo

O direito ao palavrão...

Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português vulgar que vingará plenamente um dia. Sem que isso signifique a "vulgarização" do idioma, mas apenas sua maior aproximação com a gente simples das ruas e dos escritórios, seus sentimentos, suas emoções, seu jeito, sua índole.
"Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "Pra caralho"? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas Pra caralho, o Sol é quente Pra caralho, o universo é antigo Pra caralho, eu gosto de cerveja Pra caralho, entende?
No gênero do "Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo!". O "Não, não e não!" e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não" o substituem. "Nem fodendo" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!". O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.
Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um "é PhD porra nenhuma!", ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma! . O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepne", "repone" e, mais recentemente, o "prepone" - presidente de porra nenhuma.
Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta-que-pariu!", ou seu correlato "Puta-que-o- pariu!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba... Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o- pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.
E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cú!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cú!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no olho do seu cú!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? "Fodeu de vez!". Sem contar que o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda- se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta. "Não quer sair comigo? Então foda-se!". "Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!". O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal. Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!.
Grosseiro, mas profundo... Pois se a língua é viva, inculta, bela e mal-criada, nem o Prof. Pasquale explicaria melhor. "Nem fodendo..."
Luis Fernando Veríssimo.

    Como as mulheres dominaram o mundo

    Conversa entre pai e filho, por volta do ano de 2031 sobre como as mulheres dominaram o mundo.
    - Foi assim que tudo aconteceu, meu filho...
    Elas planejaram o negócio discretamente, para que não notássemos Primeiro elas pediram igualdade entre os sexos. Os homens, bobos, nem deram muita bola para isso na ocasião. Parecia brincadeira.
    Pouco a pouco, elas conquistaram cargos estratégicos: Diretoras de Orçamento, Empresárias, Chefes de Gabinete, Gerentes disso ou daquilo.
    - E aí, papai?
    - Ah, os homens foram muito ingênuos. Enquanto elas conversavam ao telefone durante horas a fio, eles pensavam que o assunto fosse telenovela. Triste engano. De fato, era a rebelião se expandindo nos inocentes intervalos comerciais. "Oi querida!", por exemplo, era a senha que identificava as líderes. "Celulite", eram as células que formavam a organização. Quando queriam se referir aos maridos, diziam "O regime".
    - E vocês? Não perceberam nada?
    - Ficávamos jogando futebol no clube, despreocupados. E o que é pior:
    Continuávamos a ajudá-las quando pediam. Carregar malas no aeroporto, consertar torneiras, abrir potes de azeitona, ceder a vez nos naufrágios. Essas coisas de homem.
    - Aí, veio o golpe mundial?!?
    - Sim o golpe. O estopim foi o episódio Hillary-Mônica. Uma farsa. Tudo armado para desmoralizar o homem mais poderoso do mundo. Pegaram-no pelo ponto fraco, coitado. Já lhe contei, né? A esposa e a amante, que na TV posavam de rivais eram, no fundo, cúmplices de uma trama diabólica. Pobre Presidente...
    - Como era mesmo o nome dele?
    - William, acho. Tinha um apelido, mas esqueci... Desculpe, filho, já faz tanto tempo...
    - Tudo bem, papai. Não tem importância. Continue...
    - Naquela manhã a Casa Branca apareceu pintada de cor-de-rosa. Era o sinal que as mulheres do mundo inteiro aguardavam. A rebelião tinha sido vitoriosa! Então elas assumiram o poder em todo o planeta. Aquela torre do relógio em Londres chamava-se Big-Ben, e não Big-Betty, como agora... Só os homens disputavam a Copa do Mundo, sabia? Dia de desfile de moda não era feriado. Essa Secretária Geral da ONU era uma simples cantora. Depois trocou o nome, de Madonna para Mandona...
    - Pai, conta mais...
    - Bem filho... O resto você já sabe.
    Instituíram o Robô "Troca-Pneu" como equipamento obrigatório de todos os carros...
    A Lei do Já-Prá-Casa, proibindo os homens de tomar cerveja depois do trabalho...
    E, é claro, a famigerada semana da TPM, uma vez por mês...
    - TPM???
    - Sim, TPM... A Temporada Provável de Mísseis... E quando elas ficam irritadíssimas e o mundo corre perigo de confronto nuclear...
    - Sinto um frio na barriga só de pensar, pai...
    - Sssshhh! Escutei barulho de carro chegando. Disfarça e continua picando essas batatas...
    Luis Fernando Verissímo

    Um homem inteligente falando das mulheres

    Tenho apenas um exemplar em casa, que mantenho com muito zelo e dedicação,
    mas na verdade acredito que é ela quem me mantém.
    Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro.
    Beijos matinais e um 'eu te amo’ no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia.
    Flores também fazem parte de seu cardápio – mulher que não recebe flores murcha rapidamente e
    adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.
    Respeite a natureza. Você não suporta TPM? Case-se com um homem.
    Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia.
    Não faça sombra sobre ela. Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado,
    nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado.
    Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.
    Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar.
    O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios.
    Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.
    É, meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire gay. Só tem mulher quem pode!
    Luís Fernando Veríssimo

    oração do extressado

    Senhor, dê-me serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar,
    a coragem para mudar as coisas que não posso aceitar
    e a sabedoria para esconder os corpos daquelas pessoas que eu tive que matar por estarem me enchendo o saco.

    Também, me ajude a ser cuidadoso com os calos em que piso hoje, pois
    eles podem estar conectados aos sacos que terei que puxar amanhã.

    Ajude-me, sempre, a dar 100% no meu trabalho...
    - 12% na segunda-feira,
    - 23% na terça-feira,
    - 40% na quarta-feira,
    - 20% na quinta-feira,
    - 5% na sexta-feira.

    E... Ajude-me sempre a lembrar,
    quando estiver tendo um dia realmente ruim e todos parecerem estar me enchendo o saco,
    que são necessários 42 músculos para socar alguém e apenas 4 para estender meu dedo médio e mandá-lo para aquele lugar...

    Que assim seja!!!

    Viva todos os dias de sua vida como se fosse o último.
    Um dia, você acerta.
    Luís Fernando Veríssimo

    Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender

    1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.

    2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.

    3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.

    4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.

    5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.

    6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.

    7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".

    8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".

    9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.

    10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.
    Luís Fernando Veríssimo

    Essa é boa...

    Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima.
    Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...
    Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.
    Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.
    Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.
    A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...
    Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
    - Eu, hein?... nem fuden!
    Luiz Fernando Veríssimo